Responsável

Leticia Fröhlich Archangelo
Professora Doutora – Ms 3Tel.: (16) 3315-3118

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Linhas gerais

O foco de nosso laboratório é caracterizar funcionalmente proteínas que possam estar envolvidos na leucemogênese.

Nosso principal desafio no momento é implementar no laboratório a metodologia de transplante de medula óssea em modelo murino. Este modelo constitui um excelente instrumento no estudo da leucemogênese, pois mimetiza in vivo a transformação neoplásica que ocorre na medula óssea em humanos, e permite assim, testar a habilidade transformante de diversas proteínas no sistema hematopoiético. A técnica se baseia na utilização de retrovirus para transferência gênica ex vivo em células progenitoras hematopoiéticas e sua inoculação em camundongos irradiados com dose sub-letal. As células transplantadas reconstituem a medula óssea e a hematopoiese do camundongo e, dependendo do potencial transformante do oncogene ou da lesão gênica introduzida nas células progenitoras, ocorrerá o desenvolvimento de clones malignos e desencadeamento do processo leucêmico no animal. Esta metodologia atendera os projetos em andamento no laboratório:

1- Investigação da participação da quinase reguladora de fatores de splicing (KIS; UHMK1) na leucemogênese:

Alterações no processo de splicing constituem um novo e importante mecanismo na leucemogênese. Dados preliminares de nosso grupo sugerem a participação de KIS na diferenciação de células hematopoéticas. Nossa hipótese é que através da fosforilação de fatores de splicing, KIS afete o splicing de genes importantes para diferenciação de células hematopoieticas. Para avaliar esta questão utilizaremos o modelo murino de transplante de medula óssea e ensaios in vitro.

2- Caracterização da função de fatores de splicing no sistema hematopoiético normal e anômalo:

O fator de splicing SF1 é um componente fundamental na montagem do pré-spliceossomo, mutado em alguns pacientes com neoplasias hematológicas. Sem função descrita no sistema hematopoietico, nosso grupo visa avaliar a consequência funcional da inibição e superexpressão de SF1, assim como de suas variantes mutadas em modelos de linhagem celular leucêmica.

3- Investigação de oncogenes cooperativos às mutações de IL7R nas leucemias agudas

Mutações no gene do receptor da interleucina 7 (IL7R) resultam na ativação constitutiva deste receptor e sua via de sinalização. Nosso grupo está interessado em identificar genes que cooperam com as mutações em IL7R para acentuar ou inibir o fenótipo maligno.  Para tal, linhagens Ba/F3 portadoras de IL7R selvagem e mutado serão transduzidas com partículas lentivirais que expressam uma biblioteca de shRNA. As células que apresentarem crescimento acelerado ou diminuído, serão sequenciadas para identificação dos parceiros oncogênicos ou supressores do oncogene IL7R, respectivamente.

Adicionalmente, o IL7R mutado será introduzido conjuntamente com outras lesões genéticas de interesse em células progenitoras hematopoiéticas, que serão utilizadas no modelo murino de transplante de medula óssea e ensaios in vitro.

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